quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Um Resumo da era Batman das telonas e telinhas antes do Nolan

Tive que assistir e reassistir a trilogia, para pode enfim fazer uma analise a altura dessa tão aclamada trilogia que criou tendencias e um estilo (não tão) novo de trazer heróis das Hq's ao cinema.
Em minha visão, Batman é um herói construído por encomenda, enxergando a necessidade clara, de um herói mais tangível, algo mais concreto aos olhos da sociedade. 
A tradução desse heroi ao cinema ou a TV, sempre foi algo que impactava seja qual era o motivo, em 65 por exemplo o teor fantástico concebido na primeira serie do Homen Morcego na TV no ano de 1943 dirigida po Lambert Hillyer, que procurava sempre chocar seu telespectador com algo novo e pra aquela época arrebatador, algo como encerrar cada capitulo de maneira diferente, hora com Batman preso numa casa em chamas, outras vezes desarmado na mira de um revolver, ou mesmo num carro caindo em um penhasco. Em 66 essa ideia muda totalmente de figura e entra em cena a patusca das histórias de Bob Kane, transformando o austero em picaresco, o Homem Morcego agora estralado por Adam West passa agora a fazer entretenimento cômico, e quer queira ou não, com todas as suas babaquices e onomatopeias se tornou fenômeno de audiência naquela época, trazendo o herói para o cinema, nas mãos de Leslie H. Martinson que além de eternizar Adam West no papel de homem Morcego, fez um dos filmes mais icônicos da história.    
Eis que chega o ano de 1989 e com ele, a até então, grande promessa Hollywoodiana Tim Burton trazia novamente esse grande personagem as telas grandes, e daria sequencia ao seu trabalho em 1992, dessa vez tentando colocar o eterno "Beetlejuice" Michael Keaton como o Homem Morcego,Tim faz um trabalho enxuto, trazendo um Batman sombrio e com vilões classe A, explorando no primeiro filme o terror psicológico do personagem Coringa interpretado pelo grande e alegórico Jack Nicholson, já no segundo  Tim traz um vilão mais cômico, e tão doentio como o anterior, dessa vez era o imundo vilão Pinguim, que conta com uma atuação totalmente surtada de Danny DeVito (pra mim a melhor interpretação de sua carreira)   ambos os filmes tinham Hq's pontuais como referencia, o primeiro filme parece experimental, como se ele fosse um protótipo pra algo maior, Michael não parece a vontade no papel de homem morcego e por vezes demonstra uma canastrice digna de Ben Afleck, mas não estraga a beleza exótica do filme que explora bem as sombras e os coloridos do filme, a defeito maior se tem na parte mais técnica, de montagem e estrutura mesmo, erros simples de continuidade e falta de argumento no roteiro, nem o bom e velho Jack Nicholson tornou-o um filme clássico, mas de todo modo é um bom filme. No segundo filme houve um amadurecimento, a fotografia estava mais bem localizada, o roteiro mais simples e Danny deu uma sacudida que o filme precisava, fica clara minha preferencia pelo segundo filme, mas os dois se equiparam e são bons filmes.
Até então o universo do Homem Morcego no cinema e na TV de certa forma estavam bem representado, até 3 anos após o trabalho de Burton, o próprio de Tim muda de cargo e se torna produtor, entrava em cena o Reboot dirigido pelo despirocado Joel Schumacher e elenco de estrelas como Tommy Lee Jones como Duas Caras, Jim Carey como Charada e Val Kilmer como o Homem Morcego, expectativa era grande até por causa do grande elenco com grandes nomes, mas o resultado não saiu como o esperado, Batman eternamente parecia mais um filme promo, do que um blockbuster de verdade, pois, reuni atores conhecidos em torno de roteiro e uma direção fraca, buscando bilheteria no  imenso apelo midiático de seu elenco,  a obra se enverga no sentido da criação da ação desesperada e nas piadas por vezes sem graça pra criar um teor comico, que nao funciona desde o inicio, Val Kilme parece mais o RocoCop de Paul Verhoeven do que propriamente o Homem Morcego criado por Bob Kane, nem o "grande" elenco consegue dar o animo necessario. O mais criticado da vez foi Val Kilmer, crucificado (na minha opinião, injustamente) e retirado da continuação Batman e Robin que traz Georg Clooney como novo apelo de mercado, trazendo consigo mais estrelas como Arnold Schwarzenegger interpretando o vilão (fraquissimo) de terceira linha Mr. Freeze e Uma Thurman como Hera venenosa, o resultado foi o mesmo do primeiro filme, roupas apertadas trajes cheios de enfeites um Robin intrometido e tecnológico, pouca historia, pouca atuação e como ja era projetado, pouco dinheiro arrecadado, Clooney estava mais canastrão do que nunca, conseguindo ser menos convicente do que todo e qualquer Batman ja feito no cinema.


Nesse momento ja era claro que necessitava-se de uma total renovação desse aclamado personagem, ao mesmo tempo as HQ's do Batman eram disputadas a tapa nas bancas com os trabalhos feitos por Grant Morrison e pelo Frank Miller, o que indicava ainda mais a clara certeza de uma nova cara para o Batman no cinema.

Minhas proxima postagem é sobre o Batman do Nolan.

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