Vou tentar ao máximo conter meu saudosismo costumeiro, pra tentar fazer uma critica e uma comparação mas contundente dessas obras no entanto, certamente em algumas passagens perceberão citações de cunho pessoal.
Como um apto leitor de quadrinhos, não poderia deixar de conferir 3 obras cinematográficas oriundas de clássicas HQ's, que foram pro cinema esse ano, duas delas retornam pras telas e uma era ainda "inédita".
Vou direto ao reboot de Homem Aranha do diretor Marc Webb, minhas primeiras impressões seriam a de um filme que eu queria distancia, meus motivos eram os mais claros e entendíveis possíveis, primeiro por que se um personagem não é explorado pelo estúdio que detém os direitos, os tais direitos de imagem do personagem voltam diretamente pra Marvel, partindo dessa logica o que dá a entender é que a produtora teve pressa em fazer uma nova franquia e para meu descontentamento o produtor dessa nova franquia seria novamente Avi Arad, até aí tudo bem, contrataram um ator em ascensão, um diretor que é mestre em fazer filmes "fofos" como 500 dias com ela, e contrataram praticamente os mesmos roteiristas da ultima franquia, pra fazerem a "historia nunca contada" do Homem Aranha, o segredo sobre os pais de Peter Parker, coisa que pelo menos pra mim nunca fizeram sentido algum nem nas HQ's, até peço perdão a alguns viciados no Homem Aranha, mas o universo The Amazing não é dos melhores.
Lembrando um pouco dos filme do Sam Raimi com Tobey Maguirre como protagonista, o primeiro filme pode não ser um primor de perfeição, ou um grande clássico de filmes de herói, mas de certa forma consegue cumprir com o seu papel, tanto que o reconhecimento veio nas bilheterias se tornando um dos filmes mais bem sucedidos daquela época, o segundo filme tinha uma proposta mais ousada retrato disso era o orçamento avaliado em
US$ 200 milhões, a ousadia refletiu nas telas e o filme novamente foi muito bem sucedido, Alfred Molina com uma interpretação de Dr. Octopus beirando a perfeição se tornando um deleite pra quem apreciava o personagem. A partir do sucesso dos dois filmes o terceiro deveria seguir o caminho e superar os anteriores, a primeira ação foi aumentar o orçamento que pulou pra um valor entre
US$ 250 a 290 milhões se tornando naquela época o filme mais caro da historia (existe o Cleopatra mas como o valor nunca foi confirmado devido a problemas de conversão da moeda, eu não o mencionarei) segundo alguns Blog's americanos, a intensão de Sam Raimi dessa vez era trazer o vilão carniceiro e violento Abutre vivido por nada menos que John Malkovich para o terceiro filme,mas Avi Arad achava que seria desperdício de dinheiro trazer um vilão B pra um filme tão esperado e colocou seu dedo no roteiro pra trazer Venon, Homem Areia e Duende Macabro tudo num filme só, além disso tentando trazer o publico adolescente pro cinema o próprio Avi Arad confirmou que haveria uma mudança de postura no filme pra torna-lo um pouco mais adaptável aos tempos "atuais" ou seja na moda, o que vemos foi um dos maiores desastres cinematográficos já visto, apesar de arrecadar
US$ 800 milhões, o filme mais caro da franquia foi o que menos arrecadou.
Voltando as impressões do Espetacular Homem Aranha, é um bom filme, Andrew Garfield fisicamente se equipara mais ao Peter que conhecemos, mas é bem menos ator que Tobey, pois não consegue encontrar um padrão ou um equilibrio dramático pro personagem, pecando principalmente pelos exageros de caras e bocas, mas de todo modo não estraga o personagem, Emma Stone tem atuação regular e sem grandes surpresas, a surpresa mesmo fica por conta de Martin Sheen como tio Ben que encontra na atuação simples ,explorar bem os conflitos do velho Ben, o filme feito especialmente para o 3D cumpre o que promete em relação a isso, o filme abusa da tecnologia e abusa bem, sem deixar cair no ostracismo clássico que depender do 3D pra obter exito no trabalho.
Os pontos fracos do filme recaem sobre o roteiro, a ideia de um roteiro perfeitinho, onde tudo de certa forma tem ligação não me convence, a lógica "begins" de fazer filme não me impressiona mas também não me agrada quando se tem um roteiro onde tudo tem que se encaixar e ligar fios onde não tem, quer dizer que até a mordida de uma aranha num jovem nerd tem que ter motivo? Outro problema fica por conta do vilão, não que Lagarto não seja empolgante, mas o apelo psicológico do personagem, perde o valor quando não colocam a família dele no roteiro, além disso apesar disserem que a "consciência" que ele tem no filme é meio superficial então se torna aceitável, pra mim não.
Outra duvida maior pra mim é saber por que a Oscorp fabricava as teias?
É um bom filme, mas pelo menos esse primeiro trabalho ainda prefiro o do Sam Raimi, Marc Webb ainda tem que aprender muito sobre como fazer filme de herói e lembrar que Peter Parker se torna tão auto confiante com a "armadura" do aranha que abusa das ironia e tem muito carisma, coisa que nao percebi nesse filme, agora é esperar o proximo.